quarta-feira, 28 de março de 2012


Projeto enfoca a utilização de energias limpas

Seu objetivo é disseminar a cultura e o uso alternativo de energias limpas e seu foco são as escolas da rede pública estadual do Tocantins. Ainda em fase de elaboração e previsto para ser implantado no segundo semestre nas escolas do município de Palmas, o Projeto Energias Limpas na Escola pretende capacitar professores para serem multiplicadores da iniciativa, que vai abordar, através de cartilhas, apostilas, vídeos e de uma mostra cultural, as energias solar, eólica, hídrica e de biocombustíveis.

Idealizadora do projeto e gestora ambiental da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e do Desenvolvimento Agrário do Tocantions (Seagro), Chryss Ferreira Macedo, explica como se dará a implantação deste projeto, como ele vai funcionar e o que pretende estimular.

De acordo com ela, o projeto tem a intenção de formar, no ambiente escolar, multiplicadores que construam e defendam uma sociedade responsável pelo meio ambiente em que vivem, deixando para as gerações futuras, além de qualidade de vida superior, a responsabilidade social.

Mobilizadores Coep - Em que consiste o projeto Energias Limpas nas Escolas Públicas? Qual seu objetivo?

R
.: O Projeto Energias Limpas na Escola quer levar o conhecimento sobre o uso de energias sustentáveis e alternativas a crianças e jovens, com o objetivo de divulgar e popularizar o uso de Energias Limpas na educação do estado do Tocantins.

Mobilizadores Coep - O que motivou o governo do Tocantins a implantar o projeto? A implantação ficará sob a responsabilidade de que órgãos?

R
.: Fala-se muito em sustentabilidade e sobre as novas tecnologias de Energias Limpas. Percebeu-se então, a necessidade de levar à comunidade essas informações através da Educação, partindo da idéia que as crianças são as melhores agentes divulgadoras ambientais.

A implantação estará a cargo da Secretaria Estadual da Agricultura através da Superintendência da Produção de Energias Limpas, com apoio das secretarias estadual e municipal da Educação de Palmas e parceiros.

Mobilizadores Coep - Que tipo de iniciativas deverão ser implantadas? De que forma?

R
.: Estamos em fase de seleção do conteúdo e elaboração da cartilha, que será distribuída nas escolas, aos professores e alunos. A ideia é capacitarmos dois professores em cada escola, através de cursos, para quem sejam os multiplicadores da iniciativa naquela instituição. Além das apostilas, também estamos selecionando outras mídias que podem nos auxiliar neste projeto, como vídeos educativos.

Devemos formar no ambiente escolar multiplicadores que construam e defendam uma sociedade responsável pelo meio ambiente em que vivem, deixando para as gerações futuras, além de qualidade de vida superior, a responsabilidade social.

Mobilizadores Coep - Qual a abrangência e a duração do projeto nas escolas do estado do Tocantins? Quantos alunos e quantas escolas devem ser envolvidos? Por quanto tempo? Haverá um processo de avaliação ao final?

R
.: Pretende-se implantar o Projeto em todos os municípios do Tocantins até o final de 2014. Em 2012, será implantado somente no município de Palmas, como modelo experimental. O lançamento oficial será na Feira Literária Internacional do Tocantins – FLIT.

Serão trabalhados por seis meses assuntos relacionados a Energias Limpas: solar, eólica, hídrica e de biocombustíveis, em 42 escolas com aproximadamente 20 mil alunos. Durante este período, incentivaremos a construção de trabalhos voltados para o tema. Ao final, haverá uma Mostra Cultural com os três melhores trabalhos em cada categoria, de cada escola: redação, comic strip (tirinha de quadrinhos), maquete e pocket movie (pequenos vídeos que poderão ser feitos, inclusive, através do celular), com premiação para os três melhores colocados juntamente com o professor que orientou o melhor trabalho e a escola com mais premiações. O projeto terá fechamento com avaliação pelos professores e alunos.

Dessa forma, a gente incentiva não só os alunos a participarem, mas também a mobilização dos professores, e de toda a escola.

Mobilizadores Coep - Como será feita a capacitação dos professores? Quais serão os principais pontos dessa capacitação?

R
.: A capacitação dos professores se dará através de quatro edições do curso de formação “Multiplicadores de Energias Limpas na Escola”. Cada evento terá duração de 16 horas e contará com a participação de 21 professores. Os quatro assuntos (energias solar, eólica, hídrica e de biocombustíveis) serão abordados por profissionais das respectivas áreas e serão levadas experiências práticas para a sala de aula. Serão dois professores de cada instituição, num total de 84 professores na capital, responsáveis por serem os multiplicadores da iniciativa nas suas respectivas escolas. Ao final, capacitaremos 300 profissionais de 42 escolas que multiplicarão os conhecimentos para 20 mil alunos do 6º ao 9º ano.

Mobilizadores Coep - Como o conhecimento teórico e prático sobre sustentabilidade vai ser abordado, tanto pelos professores quanto pelos alunos?

R
.: Durante o curso de formação os professores receberão: Manual do Professor, Cartilhas Temáticas: Solar, Eólica, Hídrica e Biocombustíveis e os alunos um caderno de atividades baseado no material de apoio do mestre. O conteúdo será transmitido de forma multidisciplinar, podendo ser inserido nas aulas de disciplinas como português, geografia, história ou matemática.

Mobilizadores Coep - Que tipo de iniciativas práticas estão previstas?

R
.: O projeto visa dar oportunidade aos alunos de adquirir conhecimentos de forma lúdica, propondo novas perspectivas no uso de energias renováveis. Eles terão aulas práticas de reciclagem de materiais danosos à natureza e, em cada escola, vão implantar um Aquecedor Solar Ecológico de Água. Durante a implantação do aquecedor, serão levados a apreender um conteúdo multidisciplinar, como aulas de física, termodinâmica, química e geografia.

Além disso, o Mostra Cultural será o resultado prático de todo esse aprendizado e um incentivo à construção de novas idéias e soluções.

                               

Mobilizadores Coep - O projeto pretende envolver também a comunidade e os familiares dos estudantes? Em caso afirmativo, de que forma?

R
.: Sim. Entendemos que a melhor forma de conscientizar as famílias é através das crianças, são excelentes divulgadoras e agentes ambientais, mobilizando a comunidade em que vivem e levando a prática da sala de aula para suas casas, contando sempre com ajuda dos parceiros, associações e professores.

Mobilizadores Coep - Qual é a perspectiva a respeito da implantação deste projeto?  Quais os benefícios que ele pode gerar?

R
.: As expectativas são de que, a médio e longo prazos, aconteça uma mudança no comportamento da sociedade com relação ao meio ambiente em que vivem.

Mobilizadores Coep - As escolas do estado já adotam práticas de sustentabilidade? Em caso afirmativo, de que tipo? Por meio do projeto serão incentivadas outras iniciativas? Quais?

R
.: As escolas públicas possuem projetos de sustentabilidade, como por exemplo: coleta seletiva do lixo. Através do projeto, vêm abrindo portas para novas propostas, como a implantação do Projeto de Óleos Residuais para uso na fabricação de biocombustíveis, a Construção do Aquecedor Solar Ecológico de Água e do Ar condicionado Ecológico.

Mobilizadores Coep - Qual a importância de uma formação mais abrangente e crítica sobre meio ambiente e recursos naturais?

R
.: É fundamental para formação do cidadão. A cidadania está intimamente ligada à qualidade de vida e não há qualidade de vida sem um meio ambiente saudável.

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Entrevista para o Grupo de Promoção da Educação
Concedida à: Flávia Machado
Editada por: Eliane Araujo.

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terça-feira, 20 de março de 2012

Jovens israelenses criam sistema de tratamento de água de baixo custo





Um casal de alunos israelenses do ensino médio da cidade de Netanya, Israel, desenvolveu um sistema que usa a luz ultravioleta dos raios solares para desinfetar e limpar o abastecimento de água, tornando-a adequada para o consumo.

A delegação israelense apresentou o projeto no Fórum Mundial da Água, ocorrido recentemente na França. O sistema desenvolvido pelos alunos ganhou o Intel-Israel 15th Annual Young Scientists Competition na última terça-feira (13).

Avishai Katko e Maya Braun da Sharett High School encontraram uma maneira de expor a água poluída à luz ultravioleta utilizando energias renováveis ​​de baixo custo. Segundo os jovens cientistas, o dispositivo, se produzido comercialmente, poderia ser utilizado em qualquer casa, por qualquer pessoa.

O sistema de tratamento de água portátil é modular, móvel e adequado para utilização em locais com escassez de água potável, que também possuam luz solar abundante durante a maior parte do ano.

A competição foi realizada no Museu de Ciência Bloomfield de Jerusalém, e a cerimônia de premiação foi realizada no Knesset. Os dois adolescentes receberão uma bolsa de estudo universitária no valor de NIS 12.000 (pouco mais de três mil dólares) e irão representar o país na competição mundial em Pittsburgh, Pensilvânia, no final deste ano.

Atualmente a maioria da água de Israel é produzida por usinas de dessalinização. A estratégia é uma faca de dois gumes: as pessoas precisam de água, mas, eventualmente, o processo usado para separar o sal da água do mar poderá causar danos irreparáveis ​​às fontes de água.

Mas, se comercializado, o sistema desenvolvido por Katko e Braun permitirá aos proprietários das casas colher e tratar sua própria água. Diretrizes de segurança científicas acompanhariam o produto. Descentralizar o tratamento da água dará aos moradores uma maior autonomia e, sem dúvida, reduzirá as grandes tarifas de água.

Em uma maior escala e combinada com outra tecnologia israelense que separa os sólidos da água - destinada as usinas de resíduos urbanos juntamente com uma série de outras técnicas de economia de água utilizadas em contextos agrícolas e industriais, o sistema de tratamento de água modular poderia transformar radicalmente como a água é usada no país.

Com sorte, o desenvolvimento das tecnologias limpas serão compartilhados com outras nações da região que enfrentam problemas de escassez de água ainda maior. Com informações do GreenProphet.

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Designers coreanos criam carrinho de supermercado que gera energia




O carrinho de supermercado pode transportar suas compras e gerar eletricidade renovável através da energia cinética.


Os designers coreanos Kitae Pak e Inyong Jung estão trabalhando em um carrinho de compras conceito, que pode transportar objetos e gerar eletricidade renovável através da energia cinética.

Apelidado de E~cart, o carrinho de compras possui rodas especiais que convertem a energia circulante em energia elétrica, que é armazenada em baterias a bordo.

Ao final das compras, o consumidor deve deixar o carrinho no local de retorno. Assim, quando eles são encaixados uns aos outros, a eletricidade gerada e armazenada em cada um dos carrinhos vai para uma unidade principal de armazenamento de energia.

Os criadores acreditam que a novidade possa ser utilizada para forncecer energia para a loja durante um mês. O conceito é oferecer um sistema de microgeração de energia, em um mercado de “massa”.

Para criar este projeto, os designers se basearam em uma pesquisa que dizia que na Coreia existem 331 mercados populares. Uma das maiores lojas locais, opera 24 horas por dia. A pesquisa mostrou que dez mil consumidores vão a este mercado diariamente, e de 12 a 15 mil durante os finais de semana. Sendo assim, eles gostariam de alguma forma contribuir para a proteção do meio ambiente, transformando o desejo de consumo das pessoas ao redor do mundo em energia reutilizável.

De acordo com os desenvolvedores do projeto, o carrinho pode gerar 467 khw de energia e reduzir 65,5 kg de emissão de carbono por ano. Com informações do EcoFriend.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Turbina eólica voadora vai buscar ventos nas alturas

Pipa eólica ficará a uma altitude entre 250 e 600 metros, onde os ventos são mais fortes e mais consistentes em qualquer parte da Terra

Uma empresa emergente acaba de demonstrar com sucesso que o seu projeto inovador de uma "pipa" geradora de energia funciona de verdade.

A pipa, que mais se parece com um avião, foi projetada para voar ancorada por um cabo especial, formado externamente por fibras muito resistentes, para segurar a pipa eólica, e internamente por fios condutores, para trazer a energia gerada para baixo.

Conceitualmente, trata-se de uma turbina eólica voadora, com a mesma área útil - a área das lâminas do rotor, para aproveitar os ventos - que uma turbina eólica terrestre comum.

Turbina eólica voadora

Mas há algumas vantagens significativas.

A primeira é que a pipa eólica ficará a uma altitude entre 250 e 600 metros, onde os ventos são mais fortes e mais consistentes em qualquer parte da Terra.

A segunda é que sua parte avião garante um controle preciso das suas asas e flaps, colocando-a em um voo circular, o que significa que ela se adapta continuamente às variações do vento.

Apesar de corresponder a uma turbina eólica terrestre em termos de potência, as pás da turbina eólica voadora exigem apenas 10% do material em sua construção.

Isso, segundo a Makani Power, responsável pelo projeto, garante que uma de suas AWTs (Airborne Wind Turbine) custa menos do que uma turbina convencional.

Os cálculos indicam que a ponta de cada uma das pás de uma turbina eólica é a parte responsável pela maior parte da geração de energia - é por isso que elas são cada vez maiores, de forma a ampliar seu raio de ação.

"A turbina eólica voadora da Makani tira proveito desse princípio, colocando pares de pequenas turbinas/geradores sobre uma asa, ela própria funcionando como a ponta da pá de uma turbina eólica convencional. A asa voa através do vento em círculos verticais, ampliando a capacidade de geração," afirmam os engenheiros da empresa.

Uma das possibilidades de uso inclui manter a pipa-avião-eólica ancorada sobre bases instaladas no mar.

Quando os ventos não forem favoráveis, ela pode se recolher automaticamente, pousando como uma libélula sobre essa base.

Quando as condições de vento se normalizarem, ela usa seus geradores como motores, e suas pás como hélices, para subir como um helicóptero. Ao "pegar o vento", ela passa automaticamente ao modo gerador de energia.

Tendo realizado com sucesso os primeiros testes, a empresa afirma que agora está trabalhando em um protótipo de 600 kW.

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Geração subaquática: nova tecnologia estima potencial mundial de 50TWh no mar.

Testes são realizados desde 2003 pela austríaca Andritz Hydro; nova turbina deve entrar em produção industrial nos próximos anos

Parece até uma turbina eólica. Mas quem olha o equipamento mais de perto vê que se trata de uma nova tecnologia de geração de energia elétrica. Desenvolvida pela austríaca Andritz Hydro Hammerfest, a turbina de maré fica submersa e produz eletricidade a partir do fluxo das correntes marítimas. Segundo a companhia - que também fornece equipamentos aos principais projetos hidrelétricos do Brasil, entre eles Santo Antonio, Jirau e Belo Monte -, um estudo revelou que há um potencial explorável de 50TWh ao redor do mundo - isso se considerado o estado atual da tecnologia. Como comparação, a hidrelétrica de Itaipu, maior do gênero em geração de eletricidade, produziu 92,27 milhões de MWh no ano passado.

Os testes iniciaram-se em 2003, com a instalação da turbina HS300, de 300Kw de potência, nos mares da Noruega. A máquina foi conectada à rede local em 2004 e permaneceu rodando até 2007, quando foi retirada para fins de manutenção e avaliação de seu desempenho. Após remodelação, foi novamente colocada em operação em 2009.

“A HS300 demonstrou, durante seu período operacional, uma produção anual de 600MWh. No total, a turbina permaneceu funcionando por 16 mil horas”, afirma o especialista do setor de projetos da Andritz na Áustria, Moritz Pichler. “Após a remodelação, a máquina mostrou uma disponibilidade de 98%.”

Em dezembro de 2011, a companhia instalou em águas escocesas a HS1000, mais nova turbina para esse tipo de geração, agora mais potente, com 1MW - uma evolução do modelo inicialmente projetado. Ela foi conectada à rede local em fevereiro deste ano. “A turbina passará agora por uma fase comissionamento e testes, que deve durar entre seis de 12 meses, a fim de reunir o máximo de informações”, diz Pichler, que falou via e-mail com o Jornal da Energia. Segundo ele, a experiência na Escócia dará o passo “para a implantação do primeiro parque gerador de energia subaquático do mundo”.

O projeto da Andritz está sendo desenvolvido em parceria com a ScottishPower Renewables, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola. Juntas, as empresas planejam um parque de 10MW no leito sul do mar de Port Askaig, na Escócia, que será conectado à rede e deve ter as obras iniciadas no segundo semestre de 2013. Embora o valor do investimento não possa ser revelado, o projeto prevê a instalação de dez máquinas tipo HS1000.

Processo de implantação e conexão à rede

O especialista da Andritz Hydro Hammerfest, Moritz Pichler, explica que as turbinas são instaladas por meio da utilização de navios equipados com um elevador específico para esse tipo de construção (foto). A escolha do tipo de embarcação vai depender das características locais, disponibilidade e viabilidade econômica.

Primeiro é preparada a infraestrutura que vai ancorar a turbina no fundo do mar. Em seguida, a turbina desce montada, já com as pás, e se fixa na subestrutura. A instalação da planta, assim como a conexão dos cabos submarinos que vão estabelecer a ligação do equipamento com a rede em terra, é feita por mergulhadores.
Não há, segundo Pichler, qualquer limitação de distância da costa, exceto quando os objetivos são os de diminuir os custos do investimento. “No entanto, há locais mais adequados, por exemplo, aqueles mais próximos de pontos de conexão com a rede em terra”, detalha Pichler.

A regra não vale para a profundidade. Por causa do risco de perfurar alguma embarcação, as turbinas são instaladas a uma profundidade entre 35 e 100 metros. A velocidade-pico da corrente também deve ser superior a três metros por segundo. O especialista explica: “em casos de velocidades inferiores, o projeto tem que ser repensado, talvez até uma redução da máquina para alcançar uma configuração mais econômica”.

Belo Monte

No Brasil, a Andrtiz Hydro é parceira da Alstom e da Voith no projeto eletromecânico da hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Pará. De acordo com o CEO e presidente da Andritz no Brasil, Sérgio Parada, o contrato que a companhia tem com a usina do Xingu é da ordem de R$1,1 bilhão.

“A previsão é que comecemos a entregar os componentes ainda este ano. As comportas do vertedouro de Pimental estão em estado avançado e devem ser entregues nos próximos dias. Já as turbinas de Belo Monte devem começar a ficar prontas em 2014”, garante Parada.

A Andritz atua em tecnologia de geração hídrica. No Brasil são mais de 20GW instalados, enquanto no mundo esse número chega a 420GW, segundo o executivo. A fábrica da companhia por aqui fica em Araraquara, interior de São Paulo.

A estrutura acionária da empresa no País é dividida em 50%-50%, entre o grupo Inepar e a holding austríaca Andritz, controladora.

Fonte: Wagner Freire do Jornal da Energia

ONU prega rápida mudança de hábito para reduzir escassez de água





ONU prega rápida mudança de hábito para reduzir escassez de água

Relatório divulgado nesta segunda-feira (12) pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento dos recursos hídricos no mundo, afirma que o crescimento sem precedentes da demanda alimentícia, rápida urbanização e a mudança climática ameaçam significativamente o abastecimento de água global.


Segundo o texto, divulgado no Fórum Mundial da Água, que teve início nesta segunda em Marselha, no sul da França, é necessário tomar atitudes urgentes em diversos setores para evitar o desperdício de água.


O relatório diz que, sem medidas drásticas, a pressão da água vai agravar as disparidades econômicas entre os países, atingindo principalmente os mais pobres.


O documento cita, por exemplo, que a utilização de recursos hídricos na agricultura deve aumentar em 19% até 2050, índice que pode ser ainda maior caso não se implemente novas tecnologias e decisões políticas sobre o tema.



Energia limpa e crítica ao etanol
Na área de energia, a Agência Internacional de Energia (AIE) calcula que pelo menos 5% do transporte mundial será alimentado por biocombustíveis em 2030 e que sua produção poderia consumir até 100% da quantidade total de água utilizada no mundo pela agricultura.


O documento cita que elevar as plantações de cana-de-açúcar, voltadas para produção do etanol, seria um plano devastador para regiões como a África Ocidental, onde já há problemas de escassez de água.


Além disso, segundo o relatório, se o atual modo de consumo não mudar, a necessidade de água destinada à produção energética crescerá 11,2% até 2050.


Sobre a questão do saneamento básico, 80% das águas residuais não são recolhidas, nem tratadas e vão direto a outras massas de água ou se infiltram no subsolo, que é fonte de problmeas de saúde para a população e de uma deterioração do meio ambiente.


“A água doce não está sendo usada de forma sustentável, de acordo com as necessidades e demandas”, afirma o diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, no prefácio do relatório.


Mudança climática
Outro ponto abordado pela ONU são as mudanças climáticas, que poderão ameaçar ao menos 2 bilhões de pessoas devido ao aumento da população em terras inundáveis e elevação do nível do mar.


O custo econômico desta situação é considerável: em 2011, por exemplo, 90% dos desastres naturais estavam ligados à água e o custo total de ao menos 373 catástrofes naturais registradas em 2010 chegou a US$ 110 bilhões.


Segundo Michel Jarraud, presidente da Agência das Nações Unidas para a Água, afirmou em comunicado divulgado pela ONU que uma resposta coletiva de toda a comunidade internacional é necessária para resolver o problema.

Novos fósseis revelam passagem dos animais da água para a terra


Tetrápodes viveram no período tournaisiano, há 350 milhões de anos.


Ilustração de um dos animais descobertos, chamado de 'Ribbo' pelos pesquisadores.

Fósseis descobertos na Escócia ajudaram os cientistas a preencher uma lacuna de 15 milhões de anos na linha da evolução. O estudo publicado pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências, mostra os animais que fizeram a transição da água para a terra.


O artigo descreve uma variedade de invertebrados – artrópodes, parentes dos insetos – e vertebrados – tetrápodes, animais de quatro patas. A descoberta inclui animais aquáticos e terrestres.


Até a publicação desse estudo, não havia nenhum registro de animais desse tipo nessa época. Havia tetrápodes mais antigos – aquáticos – e mais recentes – já terrestres. Esses fósseis confirmam que houve uma etapa intermediária na evolução, como os especialistas já imaginavam.


Com a descoberta, os cientistas confirmam ainda com mais precisão quando ocorreu a passagem dos animais do ambiente aquático para o terrestre. Esses fósseis datam do período tournaisiano, há cerca de 350 milhões de anos.


Site de Pesquisa: http://www.portaleducacao.com.br/biologia/noticias/49734/novos-fosseis-revelam-passagem-dos-animais-da-agua-para-a-terra?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=29506004&utm_campaign=Top%2010%20biologia%20028&utm_term=_02bj5.cbp.f.wb09.ga.a1m.zz.n.xeyh2.y